Mais um episódio que nos devolve o prazer de ver Grey’s Anatomy.
Spoilers Abaixo:
A oitava temporada começou com pé direito e é assim que queremos continuar. Todos os fãs de Grey’s Anatomy fazem coro, esperando que nossa musa, Tia Shonda, mantenha o nível que trouxe paras esses três primeiros episódios.
Parece que ela recuperou o foco e nos aprontará boas surpresas. Estou muito feliz com a série nesse momento e eu gostaria que essa sensação durasse para todo o sempre, mas já me dou por satisfeita com o que conseguir. Ou não. Veremos minha reação quando algum episódio baixar o nível.
Por enquanto, não tenho reclamações. A estratégia de colocar os holofotes nos residentes é muita boa e recupera o espírito original da série. Houve tanta ampliação nos personagens e tramas que perdemos um pouco do que é essencial. Esse episódio, construído em torno de Meredith, Cristina, Karev, Kepner e Avery foi excelente em todos os sentidos, inclusive na edição, focando cada caso, cada cirurgia, cada tensão separadamente, juntando tudo no final.
Isso se chama ‘construção de roteiro’ e dá muito trabalho. A pessoa que escreveu esse episódio obviamente tinha uma mensagem para passar e pensou em cada detalhe. Isso fica notável quando pegamos alguém completamente aleatório como Teddy e podemos dizer, sem medo, que ela foi bem no episódio.
Fiquei pasma. Essa ideia de colocá-la mais como alívio cômico e explorar a rixa com Cristina de forma bem humorada, em vez de promover uma guerra de egos chatíssima, foi a melhor decisão que tomaram. Do jeito que estava não poderia ficar. Teddy começa a ganhar espaço, duas temporadas depois.
Ainda falando em bom humor, foi ótimo ver que a questão do aborto está sendo tratada com mais leveza. Se esse plot tivesse surgido na temporada passada estaríamos cortando nossos pulsos nesse momento.
Com isso, amo cada vez mais Cristina e Owen que, aliás, ficou bem como Chief atrapalhado, sendo intimidado pela Natzi, digo, Bailey. Está aí outra personagem amada que saiu do ostracismo (e daquele romance vergonhoso com o enfermeiro) para voltar a brilhar com sua personalidade.
Nada como ver Bailey em um ataque de ira contra Meredith e o próprio Chief, espalhando seu veneno a quem atravessar o caminho. Falando em Chief, eu cheguei a pensar que ele seria demitido sumariamente, mas esse é o ano do perdão em Grey’s Anatomy, então vamos deixar passar.
Como Callie e Arizona foram super expostas na sétima temporada confesso que esse tempo sem destaque nas duas é bom alívio e evita o desgaste (nosso e delas). Também começo a sentir uma vibração de possível romance entre Karev e Kepner, é algo distante, bem longe, mas não consigo evitar.
Voltando ao assunto dos residentes, o bacana foi a abordagem sobre profissionalismo e confiança. Todos estavam em histórias paralelas, mas com o mesmo fundamento. Karev e seu medo de errar, Avery não confiando no próprio taco (por culpa de Arizona, registre-se), Cristina sem saber retirar um apêndice, Kepner lutando para ter respeito… Meredith, é claro, teve maior destaque. Foi bem sucedida no trabalho, mas ainda precisa lidar com o mimimi de Derek, que é algo que já ultrapassa fronteiras, apesar de fazer sentido total diante das intenções expostas nesse inicio de temporada.